Nascido a 3 de Abril de 1924, em Paço de Arcos, começou a carreira de desportista como hoquista do clube da Linha, até descobrir que o seu virtuosismo em cima dos patins era apenas um aperitivo daquilo que poderia fazer com chuteiras, nos relvados. Nas provas que prestou no Belenenses, foi rejeitado. Mas o seu talento não passou despercebido a Josef Szabo, treinador principal dos leões, que não só lhe deu um lugar na equipa principal como lhe colocou a responsabilidade acrescida de substituir outro nome grande: Adolfo Mourão.
Reconhecidamente um cavalheiro fora dos terrenos de jogo, com enorme sentido humor, Jesus Correia era a maior dor de cabeça aos laterais esquerdos que tinham por missão travá-lo. O que não era fácil. Que o diga o Atlético Madrid, na inauguração do Estádio Metropolitano, na capital espanhola, 'Necas', como era conhecido, marcou todos os golos com que o Sporting CP derrotou os anfitriões. O resultado ficou 6-3, num tempo em que não havia, propriamente, visitas de cortesia, como se pode verificar pelo marcador final.
Depois de nove temporadas de leão ao peito nos relvados leoninos, optou por abandonar o futebol e dedicar-se a tempo inteiro ao hóquei em patins.
Foi o último dos Cinco Violinos a partir de entre nós, em 2003, não sem antes ter recebido a honra de dar o pontapé de saída na inauguração do novo José Alvalade, frente ao Manchester United, o encontro que marcou a partida de Cristiano Ronaldo para os Red Devils, dando, assim, início a uma carreira tão ímpar como aquela que Peyroteo e os Cinco Violinos tiveram no Sporting CP.
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